Ecos do meu passado

Sabe quantos números eu trouxe até aqui

quantas decepções e sorte

trago comigo e logo largo por aí?

Coisas que eu não me importo

são ecos do meu passado

retrato quase apagado

que deixa marcas pelo corpo...

Sabe quantas linhas

que por lágrimas foram queimadas?

Toda angústia e acão forçada

o medo, o pavor

que refletem de um lado

o lado negro da dor

a pergunta que não tem resposta...

Quem se importa?

O perdão que não existe

a mágoa que insiste

em me trancar nesse dilema...

Só consigo olhar pra frente

esperar que um dia deixe o incerto

essa sombra de existência

essa parada no deserto

que me consome

me levanta, me bagunça!

Esse vento... Que me joga

me puxa, me devora!

Oh vento! Passa!

Vento vai embora

faz logo um rebuliço em tudo

diz basta!

Andresa Stradiotto