Sinto como se a força
sumisse do nada
vai embora e me deixa,
sozinha e desgastada
o chão se abre
e tudo vai caindo
as lágrimas não se contem
e a esperança parece tão pequena
o que ainda resta é a fé
e isso me segura em pé
eu persisto, luto, me esforço
mas a dor vem, me tortura, me afunda!
Sabe quando o coração explode
quando de apertado passa a ser esmagado
que as lágrimas rolam, rolam e rolam?
E tudo que se deseja
é que cada lágrima seja uma palavra
que chegue até o céu como um clamor
para que se cesse toda dor
para que o socorro venha depressa
antes que meu peito morra
antes que a dor me consuma
por inteira...
Quando o sol irá brilhar?
Me diga quando o sol irá brilhar?
Quero ver a luz
pois as nuvens negras já me enterram viva
se ainda resta voz
se há ainda alguma palavra em meus lábios
que seja:
Ressuscita os meus sonhos!
Restitui o que já não se vê!
Andresa Stradiotto